13 maio 2014

[Resenha] Que teme a morte - Nnedi Okorafor

Geração editorial
Título: Quem teme a morte
Autor(a): Nnedi Okorafor 
Editora: Geração
Gênero: Romance/Fantasia
Nº de pág: 412
Sinopse: Numa terra devastada por  uma hecatombe nuclear, uma jovem e misteriosa mulher com o incomum nome de Onyesonwu - que pode ser traduzido como Quem Teme a Morte - descobre que tem superpoderes e foi escolhida para salvar a humanidade. Este seria um romance distópico como qualquer outro se não transcorresse na África e sua autora não fosse a surpreendente Ndedi Okorafor, elogiada pelo prêmio Nobel nigeriano Woyle Soyinka. Fantasias, batalhas, tradições e alta tecnologia, sonhos , visões, discriminação racial e sexual, tudo se mistura numa narrativa tensa e poética que confere uma nova linguagem para os romances do gênero.
Você é daqueles leitores(as) que gostam de histórias apocalípticas, as chamadas distopias, que se passam num futuro distante, quando a terra foi devastada e não resta mais nenhuma esperança a não ser que um grande herói, de preferência jovem e que surge para salvar a humanidade, mas está cansado de ler a mesma história sempre, com poucas variações de cenários e personagens que se repetem?

Mas e se essa história fantástica acontece numa África pós-holocausto nuclear e nosso herói é na verdade, uma garota cor de areia, cheia de sardas, cuja mãe foi estuprada numa guerra tribal e vagou pelo deserto até se transformar numa criatura sussurrante, cheia de dor e sofrimento? E se ela quer achar o pai estuprador para se vingar dele?

E se essa garota, chamada Onyensowu é discriminada e amaldiçoada por causa de sua origem e temida por seus poderes, mas foi escolhida, assim diz a profecia, para reescrever o Grande Livro e salvar o mundo de uma nova hecatombe? E se essa garota fantástica levita, voa, manipula o tempo, a vida e a morte? E se ela também sofre por ter visões terríveis, de terras massacradas? E se ela pode se transformar em pássaro e voar por cima desse mundo?

Onyensowu, orientada por um xamã, vai empreender uma longa e épica jornada pela África, na busca de sua vingança que, ao final, transforma-se em nobre objetivo. Ela quer saber porque tem um nome tão incomum. Porque foi citada na profecia. Porque sofre tanta discriminação.

Será que em poucas páginas para uma história tão elaborada, a autora consegue desvendar todos esses mistérios?


Ok, Ok, sim eu sumi, mas tanta, tanta coisa aconteceu nesses 5 primeiros meses do ano, que eu não vou entrar nos méritos, porque só isso daria uma resenha, agradeço minhas companheiras de blog, principalmente a Chrys por sua infinita paciência pela minha ausência. Massssss não parei de ler, portanto tenho várias resenhas para sair do forno. Eis me aqui novamente,

Começo com um livro novo de uma editora que eu não tenho muita intimidade, com capa linda, uma sinopse interessante, um perfil de autora instigante, uma localização e temáticas pouco comuns.

A sinopse diz tratar-se de uma distopia em uma terra devastada por um hecatombe nuclear. Paro nesse mesmo instante pra informar que não encontrei referência alguma a essa hecatombe durante a leitura, e não posso dizer que estava desatenta, porque devido a temática complexa e as várias referências ao povo e cultura africana, a leitura pede concentração e entrega.

Abstendo-se da sinopse, na minha opinião um pouco equivocada ou ainda errônea, o livro é repleto de ensinamentos, a história começa com um grupo de mulheres de uma aldeia de origem Okeke, sendo atacadas e estupradas pelo bárbaro povo de Nuru, com a intenção de engravida-las para que elas sejam desgraçadas e desmoralizadas.

Uma delas vai conceber Onyensowu, crianças nascidas desse estupro são facilmente identificadas pela cor de sua pele e são tachadas como Ewu, ou seja, é uma criança nascida da dor, ela é física e socialmente marcada pelas condições de sua concepção. Viverá uma vida de violência, sendo que não tem lugar em nenhuma das duas tribos. Sua mãe decide que esse não sera o futuro de sua filha, e consegue se adaptar em uma pequena aldeia onde de certa forma são "aceitas", e ela consegue inclusive se casar novamente, já que o primeiro marido a rejeitou.

A partir do crescimento de Ony, começamos a ver que ela não é uma Ewu comum, desde pequena ela manifestava sinais de uma magia extraordinária, que depois descobre-se unica. Enquanto ela desenvolve suas habilidades, conhece Mwita, consegue compreender o que de fato acontece com seu corpo e mente, faz visitas a outros planos espirituais, descobrindo algo terrível, que alguém poderoso está predestinado a matá-la.

Ela entra em desespero para escapar do seu assassino e após ouvir de uma contadora de histórias, procura um mago para que ele possa ensina-la a compreender melhor seus poderes, descobrindo então quem é esse assassino que tanto a inferniza em seus sonhos.

Junto com alguns amigos embarca em uma jornada na qual lida com a natureza, tradições, amor verdadeiro e mistérios, pelos detalhes que a autora consegue transmitir, são regiões que mudaram e apesar de lindas, o genocídio existente entre as tribos continua derramando rios de sangue.

Onyesonwu descobre da pior forma possível que pode ser a única a acabar com o mal que paira sobre a terra, e para isso, terá que voltar a um passado nada confortante. Vai descobrir enfim, porque o seu nome significa Quem Teme a Morte!

Será que uma menina, adolescente, será capaz de mudar o destino de uma Africa assolada pela dor?

E apesar do livro ser cheio de reviravoltas, tensão e profundas explicações sobre a cultura Africana, não foi um livro que ganhou meu coração, fiquei com dúvida em varias partes do livro, tendo que retornar a leitura para compreender melhor. Em relação a cultura ok, duvidas são validas, é natural que tenhamos, mas faltou, por exemplo, um dicionario  no final, explicando alguns costumes ou ainda algumas palavras, acho que explicações longas durante o texto sobre determinada palavra ou costume quebra o ritmo do texto.

Em alguns momentos a leitura se arrasta e vai dando até soninho, porque nada de interessante acontece, em outros o bicho pega e ai só da vontade de largar o livro quando enfim termina esse capitulo.

Muita coisa ficou mal explicada para mim e o final, foi decepcionante. Não entendi bulhufas, e até agora estou com um ponto de interrogação fonte 72 na testa. Que final foi esse Nnedi pelo amor de Deus? A história estava indo estava indo, pegou no tranco, quando a gente acha que vai acontecer uma puta reviravolta, um balde de água fria foi jogado na minha cabeça.

E eu volto a reafirmar o livro É INTERESSANTE, mas acho que ela se perdeu no final, ou quis dar um final poético demais, ou ainda eu não tive sensibilidade suficiente ou o final foi ruim mesmo, sei la.

Espero ansiosamente outras opiniões sobre esse livro e principalmente sobre o final dele !!!

E ai quem leu ou vai ler?? me conta depois??

Deixo um beijo grande

15 comentários:

  1. Sarinha, minha linda, amo suas resenhas!

    Primeiro: são sinceras, honestas, dizem exatamente o que vc sentiu.E imprimir sua marca é parte interessante para o leitor, que a partir daí já decide ler ou não.

    Segundo: é divertido ler, vc é engraçada, nunca imaginei "ponto de interrogação fonte 72 na testa", essas coisas vc sabe inserir muito bem numa resenha... rsrs...

    Sobre o livro:
    Primeiro: adoro literatura africana! Sou fã do moçambicano Mia Couto e do angolano Agualusa, tenho nos meus desejados o tb angolano Ondjaki... e como os africanos tendem para o realismo fantástico! Talvez pelas grandes dificuldades que o continente africano enfrenta, com paisagens belíssimas e uma desigualdade social gritante, a literatura deles é magia pura!

    Segundo: que pena que o livro é bom, mas não rende... acho frustrante aquilo que 'poderia ter sido e não foi'... dá até vontade de pedir ao autor: 'por favor, querido, reescreva isso aqui'...

    Terceiro: não sou de distopias, não gosto do futuro como tempo narrativo, hahaha, adoro o passado... mas sempre é tempo de mudar essa acomodação, ainda não estou de olhos fechados para esse gênero literário que só cresce em interessados. Mas tem que ser bom. Confio na opinião de vcs aqui do blog, então... passo este livro, infelizmente.

    Beijo pra vc!

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  2. Olá Sara!! Nossa fiquei curiosa quanto ao livro pelo fato de se passar em uma África desolada, ainda não li nenhuma distopia que ocorra nesse luar. A premissa da obra é super interessante e parece ser muito triste também, só de saber que a garota é filha de um estuprador, que sua mãe já sofreu tanto... Nossa!!!! Mas o chato é a autora ter se perdido no final, realmente tem enredos que são incríveis, mas chega no final o autor não consegue nos fazer suspirar!!!

    Beijos!

    Meu Diário

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  3. Oi, Sara!
    Nossa, eu não dava muito pra essa história, me pareceu interessante mas achei que seria meio superficial e você me mostrou estar enganada (mesmo que o final tenha sido ruim para você)! É realmente bem diferente das distopias que bombam por aí, e acho que é exatamente disse que estamos precisando ultimamente, é um tanto ruim você colocar muitas expectativas em uma narrativa e se decepcionar no fim justamente por causa dessa "igualdade". Enfim, não sei o que aconteceu pra deixar você decepcionada, não li o livro então nem posso imaginar, mas vou procurar outras opiniões por aí pois achei interessante. Talvez eu me arrisque, talvez! Hehehe!

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  4. Ai que resenha que me causou mal estar! Não pela resenha mas pelo monte de expectativas que coloquei na obra quando comecei a ler a sinopse e a resenha, daí quando chego no final de sua resenha você diz que se decepcionou com o livro e que não entendeu bulhufas do que achou que havia entendido. Como assim flor??? Aiaiaiaiai, fico doidinha quando acho que um livro tem um potencial maravilhosos e o autor se perde!

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  5. Que livro diferente. Apesar de não gostar muito de histórias apocalípticas, achei a premissa desse bem interessante. Há elementos um pouco fora do comum, o que torna a trama mais intrigante.
    O ponto negativo, pelo visto, é narrativa, que por vezes se perde. Mas acho que, ainda assim, leria o livro.

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  6. Para tudo, você me ganhou já na primeira parte da resenha que achei fantástica para depois dizer que não foi um livro que ganhou seu coração? Sniffff, magoei.. agora nem sei mais se quero ler.. hehe Beijos, Mi

    www.recantodami.com

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  7. saudade de ti flor!
    essa loucura chamada vida de vez em quando prega umas peças lindas na gente né? quando a gente ve ja ta na hora de ir dormir e o dia nem rende rsrsr
    sobre o livro confesso que não é meu gênero preferido, acabo por não me envolver com esses estilos de escrita e opção por tema
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  8. Eu fiquei a fim deste livro desde que soube do lançamento.
    Estou numa fase distópica e me interessei por esta estória pelo drama envolvendo a personagem.
    Não tem continuação? Já que ficou tantas questões sem resposta talvez seja isso.
    Tava empolgada e sua resenha me fez pensar melhor... vou dar prioridade a outras leituras.
    Bjs

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  9. Sara-sua-linda, finalmente venho aqui conferir o que há de novo nesse querido blog e eis que encontro uma senhora resenha que me deixou exatamente como você se sentiu ao ler o livro! kkkkk. Quando você começou com as perguntas e foi dizendo o que poderíamos imaginar na história, fui me enchendo de expectativas!!!! Opa!!! Pós-apocalipse na África, a mocinha uma adolescente fruto de um estupro, seus poderes são para láááá de intensos… E então: chuáááááá! A história "não se explica" e o final deixou a desejar, kkkkk. Ah, flor… \õ/ E agora? Como faz?
    Adiciono entre os que lerei? Ignoro e fico só com os romancinhos 4/5 estrelas? (rs). Acho que me respondi. 'Bora conhecer essa proposta diferente.
    Beijo carinhoso, flor! Como sempre, ótima resenha!

    http://www.myqueenside.blogspot.com

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  10. Oi, tudo bem?
    Fiquei super curiosa com esse livro. Achei a história interessante. É difícil encontrar livros ambientados na África. Quero ler esse livro.
    A capa é muito bonita.

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  11. Ai Sara, desanimei total! Estava tão empolgada com o livro!
    Bjs, Rose

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  12. Nunca tinha ouvido falar, mas confesso que se visse na prateleira de uma livraria, pegaria, leria a sinopse e o colocaria de volta lá. Nada pessoal, só não curto muito o gênero... E sua decepção tirou ainda mais minhas esperanças.

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  13. Eita Sara que resenha é essa hein?! Começo fantástico, instigando ao extremo e depois a decepção vem à tona :/ Achei que o livro seria muito melhor, fiquei triste em saber que tantas coisas ficaram mal explicadas e que o final foi decepcionante. Perdi a empolgação para ler. Beijos, Greice.

    diariodaalvorada.blogspot.com.br

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  14. Hum... o livro realmente parece ser interessante no inicio, mas mesmo assim não me deu vontade de lê-lo.

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  15. Ahhh ele pode ser interessante, mas não me chamou a atenção =(
    Não é algo que eu leria, então. Mas para quem curte, ele poderia ser mais trabalhado né =(

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