25 março 2014

[Resenha] Divergente - Veronica Roth

Veronica Roth
Título: Divergente
Autor(a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Gênero: Distopia
Nº páginas: 502
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Descobri com Jogos Vorazes que gosto de distopia, mas logo depois li Destino e não gostei. Fiquei um bom tempo sem ler nada desse gênero, até que meu irmão me emprestou Divergente. Enrolei pra caramba, e tenho que soltar o clichê: se soubesse que era tão bom, tinha lido antes!

Divergente se passa numa Chicago pós-guerra, no típico cenário futurista distópico. A sociedade é separada de acordo com as personalidades.
Há décadas, nossos antepassados perceberam que a culpa por um mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal, seja qual for a sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo.
Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade.
Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição.
Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza.
Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação.
E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia.
Trabalhando juntas, as cinco facções têm vivido em paz há anos, cada uma contribuindo com um diferente setor da sociedade. A Abnegação supriu nossa demanda por líderes altruístas no governo; a Franqueza providenciou líderes confiáveis e seguros no setor judiciário; a Erudição nos forneceu professores e pesquisadores inteligentes; a Amizade nos deu conselheiros e zeladores compreensivos; e a Audácia se encarrega de nossa proteção contra ameaças tanto internas quanto externas. Mas o alcance de cada facção não se limita a essas áreas. Oferecemos uns aos outros muito mais do que pode ser expressado em palavras. Em nossas facções, encontramos sentido, encontramos propósito, encontramos vida. Longe delas, não sobreviveríamos.
Com 16 anos, os jovens fazem um teste de aptidão a fim de descobrirem a sua vocação e decidirem em qual facção irão viver pro resto da vida. Eles têm a opção de manter a mesma em que nasceram ou mudar para uma nova, deixando tudo pra trás, inclusive a família. Se falharem durante a iniciação, tornam-se sem-facção e são condenados a uma vida de miséria, às margens da sociedade.

Beatrice Prior, nascida na Abnegação, vive uma indecisão. O resultado de seu teste foi inconclusivo; ela possui virtudes que se encaixam em mais de 1 facção. Por conta disso, descobre que é uma Divergente, uma ameaça à sociedade, apesar de ninguém explicar o motivo, e só sabe que está correndo risco de vida caso alguém a descubra. Ela faz sua escolha, muda seu nome para Tris e inicia um treinamento desgastante física e psicologicamente, no qual terá que enfrentar seus medos, vencer suas dificuldades e descobrir que a paixão nasce onde menos se espera.

Simplesmente perfeito! Tris é a narradora e nos leva a conhecer sua jornada de aprendizado e amadurecimento. No começo, ela se mostra tímida, receosa, indecisa, mas convicta de que possui algo diferente. Sua escolha é o início de uma mudança radical em sua vida - na aparência, no comportamento e nos sentimentos -, e ela está disposta a ir até o fim.

Apesar da teoria de uma sociedade perfeita, há rixas entre as facções, interesses políticos e um grande esquema comandado por Jeanine, líder da Erudição. Ela aparece como a vilã, mas a história não fica muito esclarecida, então espero fortes emoções nos próximos 2 livros.

Desde o início, Divergente prendeu minha atenção. Eu só percebia que estava tensa, com o coração acelerado e a respiração alterada quando o capítulo acabava. E isso se repetiu por todo o livro; mal acabava uma cena de ação, começava outra.

Há um lema que é levado bem a sério: facção antes do sangue. Após a escolha, não há como voltar atrás, não é possível manter vínculos com a família. E Tris leva em consideração o amor que sente pelos pais e pelo irmão durante o processo de decisão. Após o início do treinamento, também é possível ver que ela pensa bastante neles, principalmente nos momentos de dificuldade.

A-do-rei o casal Tris + Quatro (percebam que eu falei casal, nada de triângulos amorosos enchedores de paciência). Ele é um dos responsáveis pela iniciação e a princípio é bem profissional e reservado, mas aos poucos vai se aproximando de Tris e conquistando o coração de todo ser que utiliza calcinha. Obviamente o romance não é o foco do livro, e por isso achei ótimo o modo como ele foi construído: devagar, concreto e arrebatador.

Por incrível que pareça, a quantidade grande de personagens não me confundiu como normalmente acontece. Apesar de serem muitos, são bem explicados e explorados, então fica fácil de se acostumar com nomes

Como sou fissurada em capas, isso foi o que primeiro me chamou atenção. Depois descobri que era distopia, depois ouvi falarem bem, depois vi que ia virar filme. E a diagramação também tá bem bacana, assim como a revisão.

E aí eu pirei quando vi o trailer. Sente só...



Certeza de que estarei nos cinemas na semana de estreia! ♥

Depois de ter sido fisgada por Divergente, preciso desesperadamente da continuação: Insurgente e Convergente. Veronica Roth mostrou que sabe escrever uma boa história. E boas histórias como essa merecem 5 corações e 1 estrela.

Quem leu, quem vai ler? Me contem!

Beijos


12 comentários:

  1. O meu está na estante, junto com Insurgente. Ainda não tive coragem de ler, no momento estou lendo A Passagem(conheci pela vídeo resenha da Sara) e depois pretendo ler algo um pouco mais "leve", confesso que comprei Divergente mais por impulso, quando soube que ia virar filme e fiquei com medo de relançarem com a capa do filme(acho odas horrorosas) mas agora que vai sair o dito filme, quero ler para poder assistir depois! Sinto que também vou viciar, sou doida por Jogos Vorazes e acredito que esta distopia também vai me conquistar!

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  2. Beeem. Eu ganhei a trilogia completa e estou tão ansiosa para ler o livro e ver o filme que vc não tem ideia...
    Só li maravilhas do livro (todos, né...).
    Adorei sua resenha e saber que é um dos seus preferidos só me deixa mais empolgada...
    Só de não ter triângulo amoroso já me ganhou...
    ameiii ♥

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  3. Veronica ainda nào entrou na minha lista de desejados!!!! as distopias nào me cativaram
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  4. Só pelo fato de não ter um triângulo, o livro já ganhou milhares de pontos comigo! rs
    Mas falando sério, estou doida para ler Divergente. Já tenho e só falta um tempinho livre.
    A história parte de uma premissa interessante e, de certa forma, diferente. Os personagens são bem construídos e sólidos. Então, não tem motivo para não amar. rs
    bjs

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  5. Oi Giulia!!
    Estou bem curiosa pra conferir essa Trilogia, como ainda não tenho os livros, provavelmente irei ver o 1º filme no cinema e se curtir vou correr pra comprar o Box!!!
    P.S. eu adorei Destino, achei super poético, mas diferente das demais Distopias principalmente quanto ao ritmo, muitas pessoas não curtiram.
    Beijos... Elis Culceag.
    * Arquivo Passional *

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  6. Inicialmente fiquei com uma dúvida em relação ás distopias, e tinha medo de que elas fossem todas a mesmice. Amei a trilogia Jogos Vorazes e tinha muito medo de ela ser cópia barata de outras tantas, mas eis que essa resenha me mostra o contrário. Que podemos ter distopias muito além das diferenças. Vi o trilher e amei, estou louca para ler os livros e depois assistir o filme!

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  7. Oie Giulia!! Estou louuuuuca pra ler esse livro, mas estou com uns outros aqui e quero dar um basta em livros que estão há mais tempo na minha estante, pra poder adquirir outros. Achei super bacana o fato de que todo ser que usa calcinha vai se apaixonar pelo 4. Com certeza isso é pura verdade hahahahaha, porque só com o trailer já estou suspirando!!! ♥♥ hehehehehe Uma coisa legal foi a sociedade criada e a Tris encarar deixar a família para trás para viver um novo momento, espero poder ler essa obra em breve! Ótima resenha! Beijos!




    Meu Diário

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  8. Oi Giulia, eu só escuto isso: "se soubesse que era tão bom, teria lido antes" e até agora me pergunto por que eu ainda não o li. Minhas amigas são viciadas nessa saga, mas confesso que ainda não me convenci. Estou curiosa para ver o filme.. hehe Beijos, Mi

    www.recantodami.com

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  9. Minha sobrinha vive mandando eu ler,vou abrir uma exceção,só tem comentários positivos na blogosfera!
    Beijinss!

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  10. Olá Gi!! Tudo bem??
    Nossa que super resenha...Sou uma pessoa mega apaixonada por distopias e esta é um dos livros mais desejados que tenho na minha estante! Acho sua historia super diferente e nova, e me deixa super curiosa!! É uma das minhas metas para 2014.
    Beijos!!

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  11. Oi Giulia! Eu ainda não conheço a série, infelizmente, mas pretendo ler antes de ver o filme. Esta distopia está sendo muito bem falada, e para você dar 5 corações e 1 estrela, é porque o negócio é bom mesmo.
    Bjs, Rose.

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  12. Já estive comentando aqui mas resolvi passar de novo para dizer que estou lendo e me surpreendendo! A Tris é o tipo de personagdm que me faz desejar que seja real! Isso é tolice mas é bem assim que eu me sinto!

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