Autor(a): Rachel Joyce
Editora: Suma de Letras
Nº de Pág: 304
Classificação:
Sinopse: Em uma manhã nebulosa de 1972, a vida de Byron Hemming, de 12 anos, muda de repente. Tudo acontece em menos de dois segundos, quando ele e a mãe se envolvem em um acidente de carro. Embora o garoto tenha certeza de que o acidente aconteceu, sua mãe age como se nada tivesse acontecido.Nos dias e nas semanas seguintes, Byron embarca em uma jornada para descobrir o que realmente houve naquela manhã que mudou sua vida. Junto com o amigo James, ele cria a Operação Perfeito, um conjunto de planos para tentar resolver a situação.
2 segundos podem interferir na história de alguém? Em Operação Perfeito você descobre que sim.
1972. Pra Byron, tudo muda quando se envolve em um acidente de carro com sua mãe dirigindo. Diana parecia não notar que tinha atropelado uma menina, mas ele tinha visto. E ele tinha certeza de que a culpa era dos 2 segundos a mais no tempo, acontecimento que seu amigo James lhe contara. Depois de muito adiar, já que a mãe não fingia que nada tinha acontecido, ele confronta a mãe e ela se mostra disposta a ajudar a família da criança. No entanto, sua personalidade é afetada, e Diana se fecha, guardando segredos. Os dois amigos se unem na Operação Perfeito, um conjunto de planos pra descobrir o que realmente aconteceu e defender a mãe caso necessário.
Paralelamente (por que a sinopse não conta isso?), acompanhamos Jim, um paciente psiquiátrico que precisou voltar ao convívio social devido ao fechamento do local onde estava internado. A causa dos traumas não é revelado, mas ele ainda carrega traços de sua perturbação, especialmente o TOC. Mesmo mentalmente instável e não gostando de socializar, ele arranja emprego em um café, e é lá que conhece Eileen. Esse relacionamento irá mudar a vida de Jim, mostrando-lhe novas perspectivas.
As duas histórias correm alternadamente, revezando entre passado e futuro. A princípio parecem não ter relação, mas aos poucos elas se cruzam e encaixam, dando sentido ao todo.
A família de Byron aparenta ser toda certinha, perfeita, mas o acidente começa a desconstruir tudo isso. O primeiro sinal disso é a inversão de papéis: aqui é o filho que não mede esforços pra proteger a mãe. A família se revela frágil: Diana tenta ser uma boa mãe, mas esconde segredos; o pai é bastante relapso e ausente. Não há como se emocionar com o amadurecimento e responsabilidade precoces de Byron.
Em contrapartida, Jim é nitidamente complicado, mas só precisava de um incentivo pra ter sua vida transformada. E Eileen, uma mulher pra cima, bem-humorada e divertida, se encarrega de ser a mudança que ele precisava. A empatia por Jim é inevitável, você torce por ele e quando a reviravolta acontece chega a impressionar.
A leitura é bem cansativa, se arrasta no começo e demora a engrenar. A crítica presente no livro é bacana, falando sobre as aparências que mostramos pra camuflar a verdade das nossas vidas (me lembrou um pouco Mentirosos), mas talvez a forma como a autora encontrou pra contar não foi a melhor, porque a proposta é legal.
A capa é linda e foi o que me atraiu inicialmente. Folhear o livro quando chegou também me animou pra leitura; há desenhos em cada início de capítulo, e são todos diferentes, combinando com o assunto daquela parte. A fonte, apesar de menor que o normal, não incomoda. E a revisão está ótima.
Operação Perfeito é um livro que precisa de insistência. Se os primeiros capítulos não forem suficientes pra te prender, não desista, porque é lá pro meio que tudo muda, começa a fazer sentido, e você percebe quão boa é a história em suas mãos. O livro traz muitas reflexões, lições de vida e mensagens de esperança. Leia, insista e se emocione!
Oi Chrys.
ResponderExcluirEu me deixaria levar por essa capa facilmente, é tão linda, pena que o enredo é arrastado. Estou num momento que preciso de histórias que me pegue no primeiro parágrafo, caso contrário já deixo de lado. Vou guardar essa dica pra quando eu estiver num momento mais tolerante.
Beijos
Leituras da Paty
Chrys, querida, sei bem como é ler algo que só na metade seguinte mostrará a que veio. A coisa começa promissora, mas demora, fico entediada, às vezes largo a leitura, até que alguém me diga o que li aqui: persista, valerá a pena.
ResponderExcluirGostei tanto da premissa! Gosto de histórias que se encontram, aparentemente sem ligação, mas depois se conectam e se explicam, dão sentido à trama.
Devo ler? Quando estiver com tempinho, claro que sim. Achei a capa linda tb.
Beijooo!
Minha nova resenha: As Pontes de Madison:
As Meninas que Leem Livros
oi flor, pelo visto a história é bem intensa, de enredo peculiar, inovador... isso me atrai, mas não sei se leria por agora
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/