05 outubro 2015

{Resenha} O que eu quero pra mim - Lycia Barros

Lycia Barros
Nome do livro: O que eu quero pra mim
Autor(a): Lycia Barros
Editora: Arqueiro
Nº de Pág: 208
Classificação: 
Sinopse: Alice é independente, bem-sucedida profissionalmente e muito ambiciosa. Além do sucesso no trabalho, tem um namorado que é o sonho de qualquer mulher: lindo, apaixonado, louco para se casar e ter filhos. Mas ela não é qualquer mulher, e acha que a carreira vem antes de tudo. Então, quando Casseano a coloca contra a parede e exige mais espaço em sua vida, os dois entram em um impasse e acabam se separando. Em poucos dias, Alice sente que o fim do relacionamento está sendo mais duro do que esperava. Para piorar, o trabalho entra em crise e sua sócia, preocupada com a saúde da amiga, a obriga a se afastar por um tempo. As férias a ajudarão a arejar a cabeça e voltar mais produtiva. Com tudo dando errado ao mesmo tempo, Alice aceita a sugestão e compra uma passagem para Londres. Chegando lá, mergulha numa profunda jornada de autodescobrimento e percebe o que realmente importa para ela.O que eu quero pra mim é um romance inspirador, que fala sobre a importância de conhecer a si mesmo e descobrir as próprias necessidades antes de trilhar de forma plena o caminho do amor.

"O que eu quero pra mim" é meu primeiro contato com a narrativa da Lycia Barros, muito embora os outros não tenham me chamado a atenção, a sinopse deta obra me pegou em cheio. Não me arrependi, encontrei uma narrativa fluida e uma linda história de amor e fé.

Alice é a típica jovem workaholic, trabalha muito, dorme pouco, come mal, quando come e fuma, fuma muito. Ela é sócia de Camila e ambas trabalham com leilões de imóveis na cidade do Rio de Janeiro. Casseano é seu namorado, um lindo e romântico pediatra.

O casamento fracassado dos pais deixa Alice com o pé atrás em se casar com Cassiano. Quando se vê desde pequena uma família despedaçada, impossível crescer acreditando no amor e na felicidade. Cassiano insistiu e pediu para que eles fossem morar juntos. Alice não recebeu bem a notícia, ambos brigaram e o relacionamento que poderia ser pra sempre, acabou.

Disposta a se livrar da pessoa marga que se tornou e com uma ajudinha (com muita insistência), Alice decide investir o dinheiro que recebe de um leilão e tirar férias e rever uma velha amiga, Luana, que agora morava em Londres. Apesar de distantes, elas nunca perderam o contato.

Luana é aspirante a atriz e em busca da fama deixa o marido e o filho para tras. Mas Eamon e Alice acabam se conhecendo e a atração é irresistível, para deixar a vida e a cabeça de Alice ainda mais bagunçada.

Durante a viagem, Alice consegue refletir sobre o que aconteceu em seu passado, em como isso refletiu no seu relacionamento com Casseano e percebeu o quanto doía tê-lo longe e ler suas publicações de recomeço no facebook.

Com a volta ao Brasil, Alice começa a frequentar a mesma igreja de Camila, a enxergar que estava no fundo do poço e a lutar para se reerguer.

"O que eu quero pra mim" é muito bem escrito, muito bem ambientado e os personagens bem construídos a ponto de você conseguir se identificar com uma ou outra característica de cada um, ainda que não goste completamente do personagem.

Eu sou uma eterna amante dos livros clichês e previíveis pois pago para ver como o autor irá chegar naquela conclusão. A vida dá tantas voltas que gosto de ver isso retratados em clichês bem escritos. Demorei um pouco para me afeiçoar à história, tendo em vista que é um gênero novo para mim, não frequento nenhuma igreja (acredito que Deus esteja dentro de nós, em todos os lugares em que estivermos) e não tenho a mesma religião. Insisti na leitura, sabendo deste fato, mas confesso que não me senti confortável com essa abordagem.

Achei Alice muito relapsa, a ponto de me perguntar se suas atitudes condiziam com a idade da personagem, contudo, entend que isso era necessário para o processo de amadurecimento da personagem. Já Luana, é completamente irresponsável e egoísta que abandonou um filho e um marido exemplar, por capricho. Para mim, abandonar um filho é imperdoável.

As duas personagens centrais viam suas carreiras como prioridade e vi aqui o retrato de uma que estava em conflito em iniciar uma família e outra que já a tinha. Como duas pessoas nessas situações tão diferentes, mas com um mesmo objetivo podem agir? Eu também sou muito focada em meu trabalho, abro mão de muita coisa por isso, mas nunca do meu filho.

O cenário pelo qual somos conduzidos pela Lycia é uma verdadeira delícia. Ainda que alguns possam achar que as descrições sejam suscintas, achei-as equilibradas, suficientes para me deixar com muito mais vontade de ir a Londres.

"O que eu quero pra mim" me fez pensar muito na vida, na minha e na vida em geral, pois fala de vícios, de hábitos, de recomeço, mas acima de tudo, de felicidade. Muitas vezes não entendemos os caminhos pelos quais percorremos durante a trajetória, mas devemos, sempre, confiar em Deus e entender aonde iremos chegar e em como agiremos para isso.

7 comentários:

  1. O livro parece ser bem interessante e sua resenha passou isso mas, acho que não seria um livro que eu leria.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  2. oi Chrys, só li um livro da Lycia até hj e foi na coleção teen da Novo Século, mas pelo enredo acho que posso me encantar pela trama
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  3. Gosto de livros assim, que nos fazem pensar e questionar. Não li nada da Lycia ainda, mas fiquei interessada neste.
    Bjs, Rose

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  4. Gosto de livros que nos façam pensar e questionar. Não li nada da Lycia ainda, mas gostei deste enredo e vou anotar a dica.
    Bjs, Rose.

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  5. Oi Chrys, gostei da abordagem da Lycia, mas tive dificuldade em gostar das personagens femininas, principalmente da Luana. Já Eamon, ganhou meu coração logo de cara.. hehe e gostei muito mais da história em Londres, do que no Brasil. Beijos, Mi

    Blog Recanto da Mi

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  6. Eu poderia ter escrito essa frase: "Eu sou uma eterna amante dos livros clichês e previsíveis, pois pago para ver como o autor irá chegar naquela conclusão.". As pessoas as vezes me julgam, mas a questão não é o desfecho e sim o caminho até o desfecho. Me identifiquei muito com você nesse ponto e nessa reflexão do que gosta no livro e o porque.

    Quanto ao livro, eu não conhecia a Lycia e nem esse livro. Foi o primeiro contato com a autora e foi um contato auspicioso, afinal o livro foi bem recomendado, faz um gênero que gosto. Adoro esse tipo de jornada, porque também estou na minha. Me identifico com a personagem porque não acredito muito em casamento e derivativos... Esse livro foi para minha lista, obrigada!

    Pandora
    O que tem na nossa estante

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  7. Muito legal acompanhar suas impressões sobre a leitura! Já li Despertar - A Bandeja da mesma autora e adorei. Diferente de você não me senti desconfortável pela religião da personagem e da autora, acredito que qualquer exemplo de fé sem exageros nem radicalismo é bonito e inspirador. Mas enfim esse livro deve ser interessante e cheio de mensagens úteis para vida.
    Beijos

    Leituras, vida e paixões!!!

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