[RESENHA] A Seleção - Kiera Cass

Esta história é uma ficção, entretanto, a história de contos de fadas que muitas garotas gostariam de viver, inclusive eu!

Estou muito, mas muito contente em resenhar outra excelente leitura para vocês.

Quem não leu, corra pra comprar ou pedir emprestado ou trocar no skoob porque é um dos melhores livros que li no ano!

A Seguinte é o selo jovem da Editora Cia das Letras e começou com os dois pés direitos com a publicação da trilogia distópica da autora Kiera Cass em 2012. A Seleção é o primeiro volume da trilogia e teve uma diagramação cuidadosa e extremamente linda!

A história se passa em um futuro distante, após a 4ª guerra mundial em um novo país que fora construído  a partir da queda de algumas potências mundiais (No caso, EUA) dando origem a Illéa, um país monarca com a sociedade dividida em castas de 1 a 8, de acordo com a condição financeira e atividade desenvolvida.

A Seleção é o maior evento acontecido na nação e que oportuniza a todas as jovens que tenham entre 16 e 20 anos a se candidatarem ao casamento com o príncipe Maxon. É uma forma de reality show para a escolha da futura esposa do Príncipe de Illéa. É a chance única de todas as plebeias em viver no palácio, usar belas jóias e caros vestidos e ainda, conquistar o herdeiro do trono.

Todas as jovens sonham com isso, menos America Singer, uma garota da casta 5 (castas dos artistas) que não tem grandes aspirações financeiras como o restante da população de casta abaixo de 4. America recebeu a carta que indicava que se fosse sua vontade poderia se inscrever para o concurso, porém, ela tinha outros planos.

América vivia um amor escondido com Aspen, um garoto da casta 6 (casta dos serviçais), seus encontros eram ilegais e se fossem pegos poderiam ser presos ou até mesmo penalizados com sentença de morte, mas eles preferiam se arriscar a abrir mão daquele amor  tórrido.

A irmã de América, May, estava agitadíssima com a possibilidade desta ir ao castelo e possivelmente se casar com o herdeiro do trono de Illéa, já sua mãe, além dos mesmos motivos, ainda pensava que sua participação os faria subir de casta e com isso passarem menos dificuldades, uma vez que ela e seu marido estavam ficando velhos e cansados para trabalhar tanto.

Uma bela noite, Aspen pede a America que participe do concurso para que ele se sinta menos culpado por não poder dar a ela uma vida de regalias e a faz prometer que vai ao menos se inscrever, ao passo que sua mãe a compra dizendo que se ela se inscrever e permanecer por algum tempo, ela poderá trabalhar e pegar metade do seu salário para gastar consigo. Nestas condições, America se inscreve, com a certeza de que não passará nem na primeira seletiva.

Inesperadamente Aspen em um momento de egoísmo termina com América e com o intuito de esquecer o coração dilacerado e o sofrimento calado que está passando, ela decide ir ao castelo e participar da Seleção, muito embora acredite que não seja a escolhida, a estadia poderia ao menos lhe render algum dinheiro para o conforto de sua família.

Muito antes do previsto, em uma situação inusitada America conhece o príncipe e acaba sendo extremamente grossa com ele, chamando o castelo de jaula e o príncipe de "baixo". America cai em si e percebe o que acabara de fazer, desta forma antes que seja enviada para casa por sua falta de educação e impeça sua família de receber os pagamentos por sua participação, ela pede desculpas e propõe um acordo para o príncipe: ela promete ser sua amiga e confidente se ele a deixar permanecer na seleção pelo máximo de tempo possível.

America se depara com a verdade de um príncipe bondoso, charmoso, inteligente e nada baixo e mesquinho como ela pensava, e também com um príncipe que, muito embora tenha apenas 19 anos, precisa ser maduro o suficiente para tomar decisões pela vida e segurança dos cidadãos de um País inteiro.

A Amizade dos dois cresce mais a cada dia, Maxon faz revelações e confissões que só poderia fazer à sua futura esposa e essa cumplicidade faz com que America se dê conta de que talvez o futuro que ela ansiava antes não é mais suficiente.

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Decididamente se não é o melhor livro que li no ano está nos 3 primeiros lugares. Apesar de muitas pessoas a compararem com Jogos Vorazes, acredito que a semelhança será mera coincidência.

O livro é uma distopia leve, onde os pontos que criam maiores polêmicas são tratados de forma tão sutil que passa quase desapercebido. Se você se mantiver com os olhos e pensamento tão somente no romance e na fantasia, pode se perder e achar que a história se passa em um tempo diferente, no passado ao invés de em um futuro bem distante mas não menos possível.

A história é linda, "manjada" mas linda, a protagonista é forte, corajosa e cômica, fazendo com que eu e Maxon rissemos em muitas ocasiões. Sim, porque a autora conseguiu me teletransportar para a história e eu realmente estava ali. Eu comia pensando em America e Maxon, dormia e acordava pensando neles e não consegui fazer mais nada antes de acabar, em 2 dias com o livro. E ele acabou lindamente (suspiro).

Estou órfã, devorei "O Príncipe" (conto intermediário entre os dois primeiros livros) em apenas uma hora e ainda assim eu não estava satisfeita, continuava sedenta e suspirando por America e Maxon e perdoem-me, torcendo pelo sumiço de Aspen.

A parte distópica me fez pensar muito e achei ousado da parte de Kiera entender que após uma 3ª e 4ª guerras mundiais o planeta voltaria a ter sociedades monárquicas. Em achar inclusive que a desigualdade social jamais desaparecerá, contudo. Embora improvável, a história não destoou e me convenceu.

O final? Ah o final das trilogias... não acabou do nada, podem ficar tranquilos, mas sinceramente não esperem ler apenas o primeiro, porque o final é tão, mas tão magistralmente inesperado que você desejará já ter A Elite em suas mãos!!!

Um conselho, quem ainda não tem compre os dois de uma só vez para não sofrerem o que estou sofrendo neste exato minuto, com dor no estômago imaginando o que acontecerá com o triangulo amoroso enquanto estamos aqui, escrevendo e lendo esta resenha...

Beijos